Unificando as Definições de Yoga

Samadhi é um estado de profunda absorção meditativa, no qual nos concentramos exclusivamente no objeto de nossa meditação e também nos fundimos completamente com esse objeto, de modo que o meditador e o objeto da meditação se unam em uma única entidade.

Existem vários níveis de Samadhi e, à medida que aprofundamos nossa prática, nosso objeto de meditação torna-se cada vez mais sutil, até que é completamente transcendido e permanecemos no puro Ser consciente, além do mundo dos pensamentos, conceitos, teorias ou crenças.

Neste nível mais profundo de absorção, todos os movimentos da mente, positivos ou negativos, naturalmente entram em quietude. Essa quietude não é, de forma alguma, vazia, mas preenchida por verdade, propósito, plenitude e paz, que nos absorve tão completamente que se torna a nossa única realidade.

Nesse nível de Samadhi, todas as nossas definições de Yoga se fundem para formar uma mandala de união com o nosso próprio Ser Real, que é ao mesmo tempo, a verdade Universal no coração da criação. Esta experiência gradualmente permeia todas as atividades e todos os momentos da vida com a essência da verdade que é o nosso propósito e destino de nossas vidas.

 

Unificando as Definições de Yoga

A união com o corpo, respiração e mente, junto com a crescente ação consciente e o aumento de equanimidade, resultam naturalmente em um aquietar da mente. A prática de Yoga cultiva quietude ao reduzir confusões, distrações e condicionamentos que nos impedem de enxergar o silêncio e a paz essencial de nosso Ser Real, que está sempre presente e a espera de ser despertado.

O Yoga Sutras de Patanjali apresenta uma metodologia multifacetada para trazer a mente para um estado de quietude. Os Yamas, os preceitos éticos, reduzem os conflitos internos e externos. Os Niyamas, as observâncias espirituais, oferecem um roteiro para a jornada de despertar. Asana, as posturas de Yoga, liberam o estresse e as tensões do corpo, ao mesmo tempo que otimizam o seu funcionamento.

Pranayama cultiva calma e tranquilidade, enquanto nos desperta para o corpo de energia sutil. Pratyahara gira os sentidos para dentro, reduzindo as distrações com o meio. Dharana, concentração, cultiva estabilidade psicoemocional e Dhyana, meditação, nos permite experienciar plenitude, integração e paz, que são reflexos de nosso Ser Real.

Cada um dos angas do Yoga, quando praticado diligentemente e sinceramente, nos prepara para a completa quietude da mente que é experimentada em Samadhi, a essência da prática de Yoga, segundo a perspectiva dos Yoga Sutras de Patanjali.

 

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Unificando as Definições de Yoga

Através da união com o nosso corpo, respiração e mente, e a nossa capacidade de agir com habilidade, há um aumento natural na estabilidade psicoemocional, além de uma redução na confusão, no estresse e na ansiedade, que nos permite viver com mais equanimidade.

A essência da equanimidade é a capacidade de ver desafios, questões e problemas como oportunidades para transformação e despertar, e não como emergências estressantes que precisam ser resolvidas, mudando pessoas ou coisas ao nosso redor. Essa mudança de atitude é fundamental para a união com o nosso Ser Real, pois enquanto vermos a vida como algo que precisa ser consertado ou melhorado, estaremos sempre buscando e lutando, sem nunca ver que, na verdade, somos o problema e também a solução que buscamos.

Esta mudança de atitude permite-nos perceber todas as interações e atividades como oportunidades para um maior reconhecimento do nosso Ser Real, uma vez que, ao não reagir, damos um passo para trás para enxergar as tendências e os condicionamentos que causam repetidamente os mesmo “problemas” em diferentes situações.

Equanimidade começa como uma prática que requer consciência e constante lembrança, mas, à medida que o condicionamento que causa sofrimento é liberado, experienciamos equanimidade continuamente, como um reflexo natural do nosso verdadeiro Ser.

O Yoga Sutras de Patanjali, 2.3, amplia a nossa compreensão ao focar no Yoga como uma metodologia para unir-se à quietude, que é a essência de nosso Ser Real:

 

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Unificando as Definições do Yoga

Ação consciente é a capacidade de enxergar claramente quem não somos (a personalidade condicionada) e quem somos (o verdadeiro Ser ilimitado). A ação consciente é expressada momento a momento na vida diária, através do testemunho consciente, observando os padrões e tendências psicoemocionais, sem reprimir, reagir inconscientemente ou identificá-los como “eu” e “meu”.

A ação consciente também é o respeito pelos nossos próprios padrões e tendências, reconhecendo que eles estão profundamente enraizados e, portanto, não são liberados com rapidez e facilidade.

Trabalhar com esses padrões com habilidade toma tempo, paciência e compaixão por si mesmo e pelos outros, pois confrontar crenças limitantes com muita força pode acabar dando-lhes ainda mais força ou acabar fazendo com que elas se escondam ainda mais profundamente.

A ação consciente, portanto, abrange aceitação e respeito por nossa própria história, reconhecendo que cada passo, não importa quão doloroso, faz parte de nossa jornada de despertar. Ação consciente é também a integração de qualidades positivas, como amor, compaixão e generosidade na vida diária, de modo que sempre que a negatividade surgir, fazemos exatamente o oposto do que seria a nossa tendência inicial.

Essa ação consciente no cotidiano permite-nos ver com absoluta clareza que o nosso propósito e realização nunca serão encontrados no nível da personalidade, mas apenas através da união com o nosso Ser Real.

A ação consciente naturalmente leva à equanimidade, que é destacada na próxima definição de Yoga, no Bhagavad Gita 2.48:

 

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